A carreira cientifica é um processo de construção e aprendizagem que nos faz pensar, falar e escrever de uma outra forma ao qual nós nunca fomos ensinando, à medida que o aluno evolui na pesquisa ele empodera-se e o eleva há um novo status diante dos seus pares.
Embora o pouco caso de governantes com a educação pública no Brasil provoque efeitos perversos nessas instituições, outros fatores também contribuem para essa crise na ciência (Volpato, 2009, p. 16).
Um ponto focal que podemos inferir é que culturalmente a educação é um privilégio da classe média, e o ensino de qualidade fica restrito aos que podem pagar por isso, apesar do ensino superior nos últimos anos ter incluído pessoas com as políticas afirmativas de cotas raciais e cotas sociais.
O papel da universidade acerca da preparação do aluno pesquisador é intrínseco de ambos. Como podemos administrar uma possível carreira de pesquisador tendo diversas atividades ao longo do dia? Qual o caminho para administrar a vida científica em conjunto ao trabalho geralmente de 40 horas semanais? A universidade prepara o aluno para essa nova fase da vida?
Nos seres humanos nos adaptamos rapidamente a novas situações, veja o exemplo COVID-19 no dia-a-dia dos seres humanos em 2020. Entretanto é comum pessoas nas quais não se adaptam rapidamente, pois muitas vezes tendem a ter um outro processo químico/biológico mais lento para se adaptarem a essas novas situações. Nós seres humanos costumamos a exagerar dentro do nosso cérebro algumas situações e é muito importante pararmos por um minuto e identificarmos claramente quais são as atividades semanais do pesquisador, e assim segrega-las em dias e posterior em horas. Volpato, 2009 diz que “ter clareza para identificar as atividades relevantes, necessárias, fundamentais, importantes e suficientes é fundamental para priorizarmos atividades”.
Para se chegar há algum lugar é necessário que você saiba por onde começar, a falta de planejamento pode levar nós pesquisadores juniors a caminhos pouco promissores. Importante o pesquisador traçar uma rota com destino final, nessa rota ele deverá evitar desvios no caminho e acidentes no percurso, porém a administração do tempo eficaz servi para evitar desvios e acidentes no percurso para nos levar com segurança ao destino final (dissertação do mestrado e transformação do mestre).
Uma vida cunhada por boa administração não é uma vida mecânica, presa a agendas, datas, horários, sem tempo para mais nada (Volpato, 2009, p. 24).
O sucesso profissional e acadêmico nunca deve seguir de prejuízo familiar e relações sociais, tais como estar com amigos, por exemplo. Se para tivermos sucesso profissional e pessoal precisamos ter prejuízo de nossas relações sociais, talvez devemos repensar e questionar como as “coisas” estão postas.
Quando uma pessoa estuda no ensino stricto sensu (mestrado/ doutorado) ele entra com um sonho de buscar um novo olhar para o mundo, ser um profissional altamente capacitado, buscar respostas para inquietações pessoais e profissionais, se tornar uma pessoa melhor, porém ele só irá conseguir isso se conseguir administrar da vida científica.
A evolução de um profissional acadêmico não é apenas a soma de ações unitárias, e sim o ganho diário. Ele é o produto final do planejamento estratégico do pesquisador todas as suas ações e decisões devem ser pensadas hoje para se colher no longo prazo. Portanto, ajustar-se é um processo de inquietação e ele só ocorre quando somos desafiados, precisamos nos adaptar rapidamente a situações de forte estresse.
Inspiração: Administração da vida cientifica – Gilson Golpato (2009).